Nascido em Natal, 1973. Vive e trabalha em São Paulo. Daniel Lima é bacharel em Artes Plásticas pela Escola de Comunicação e Artes da USP e Mestre em Psicologia Clínica pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC/SP. Desde 2001 cria intervenções e interferências no espaço urbano. Próximo de trabalhos coletivos, desenvolve pesquisas relacionadas a mídia, questões raciais e processos educacionais. Membro fundador da A Revolução Não Será Televisionada, Política do Impossível e Frente 3 de Fevereiro. Dirige a produtora e editora Invisíveis Produções.

“Em nossa época de simulações e duplicações, de sampling e revisões, Daniel Lima não se prende em identidades fixas, não cultiva raízes, mas antes remixa técnicas, em ações desestabilizadoras de conceitos. Nele, como em outros contemporâneos seus, talvez possamos ver antes um estilhaçamento da identidade, e não sua defesa cega. Como pensa Kodwo Eshun, um dos luminares da teoria afrofuturista, o afrofuturismo “desestabiliza o que as pessoas pensavam que a identidade negra fosse, o que a identidade pop e identidade cultural fossem”.[3] Talvez devamos, também no caso de Daniel, antes ver a identidade como uma flutuação intermitente, como um foco de vetores diversos que se cruzam numa consciência multipolar, multíplex.” 
Ricardo Rosas em Daniel Lima – Lançando um raio de consciência multíplex? 

“Talvez uma boa pista para entender esse pequeno quebra-cabeça de referências cruzadas e contraditórias seja saber que um elemento que liga todos os grupos citados e ações referidas é o artista Daniel Lima. Seja como participante de diversos coletivos, como mídia-artista ou praticante de intervenções urbanas, Lima parece ter um gosto cultivado por contradizer juízos preconcebidos quanto a formatos artísticos, assim como por tocar o dedo em feridas abertas no tecido urbano-social. A vontade de ir além das aparências ou de subvertê-las pode ser encontrada, em seu caso, mesmo nos trabalhos com teor político mais pronunciado, onde mesmo tal teor por vezes parece ser posto em dúvida ou ironizado.”
Ricardo Rosas em Daniel Lima - Entre o antiespetáculo e o arrastão semiótico.

“O céu nos observa” leva adiante essa tematização, polemizando sobre como as aparências de acessibilidade, exposição, transparência e publicização – todas presentes naquela imagem tecnológica da cidade – são as mesmas com que se adjetivam os circuitos sempre mais finos da troca mercantil e de moni- toramento coletivo. Em sua proposta, contudo, estabeleceu-se imediatamente uma dobradiça, pensando-se o exercício da arte como uma contraposição a este imaginário dominante: prefigurou-se na imagem por satélite contratada pelo ar- tista, o registro de “pequenas ações-ruído [...], ele diz, como uma possibilidade simbólica de interferência no processo de mapeamento da cidade”.
Vera Pallamin em Espaços urbanos e práticas artísticas coletivas,em São Paulo: sobre a ação “O céu nos observa”


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