Desenvolvido para o festival de novas mídias Prog: Me, no Rio de Janeiro, em 2005, o projeto foi elaborado a partir do acontecimento conhecido como “arrastão” ocorrido em 1992 na praia de Ipanema, Rio de Janeiro. A idéia foi criar um vídeo a partir de uma intervenção urbana. A proposta da intervenção consistia em levar trinta jovens negros sem camisa para andarem juntos pela praia de Ipanema num domingo de sol, mas foi vetada pela curadoria por preocupações com a segurança dos banhistas: supunha-se que tal ação causaria pânico e descontrole. Crianças seriam pisoteadas, temiam os curadores. Como resposta, propus um caminho racialmente “oposto”: um arrastão de loiros. Assim, trazia à tona a premissa que nasce deste processo: trinta negros juntos não podem caminhar em Ipanema; trinta loiros juntos podem caminhar em Ipanema.